ESPUMANTES
A obtenção de mostos limpos e sem defeitos é um requisito fundamental para a produção de espumantes de qualidade. A segunda fermentação, na verdade, acentua, para melhor ou para pior, todas as notas presentes nos vinhos-base.
Ao contrário dos vinhos tranquilos, onde é importante realçar determinadas notas, nos vinhos espumantes o fundamental é a complexidade aromática. Isto porque o CO2 aumenta significativamente a perceção de todas as notas. O limiar de perceção olfativa de um vinho-base é notavelmente mais baixo nos vinhos efervescentes, especialmente no que diz respeito aos defeitos. Um bouquet demasiado pronunciado interferirá, por isso, na qualidade do equilíbrio olfativo.
VINHOS-BASE E VINHOS ESPUMANTES
GRÁFICO DO EQUILÍBRIO E DA PERCEÇÃO DAS SENSAÇÕES
A FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA PARA A PRODUÇÃO DO VINHO-BASE
No quadro abaixo representamos graficamente o equilíbrio e a perceção das sensações produzidas por algumas das nossas leveduras.
ESCOLHA DA LEVEDURA
GRÁFICO DO EQUILÍBRIO E DA PERCEÇÃO DAS SENSAÇÕES
- FERMOL Charmat acentua os baixos limiares de aromas a frutas e citrinos, respeitando o perfil varietal;
- LEVULIA Cristal permite produzir vinhos espumantes finos e elegantes;
- FERMOL Chardonnay tende a desenvolver notas frutadas intensas, típicas da casta que lhe dá o nome, e notas florais mais subtis;
- FERMOL Fleur lembra flores brancas, com notas balsâmicas e mentoladas bem percetíveis no retrogosto, enquanto FERMOL Lime lembra os aromas cítricos, com notas a ervas aromáticas. Ambos permitem elaborar um vinho com um perfil muito delicado;
- FERMOL PB2033 realça os aromas florais e frutados; em particular nos vinhos-base rosé lembra os frutos silvestres.
O AFINAMENTO ANTES DA SEGUNDA FERMENTAÇÃO
Concluída a fermentação alcoólica, o próximo passo é o afinamento, ou élevage, que também é essencial para otimizar o perfil aromático e direcionar o estilo do vinho.
Durante o afinamento é possível corrigir ligeiras imperfeições, que possam ter sido identificadas no final da fermentação, graças ao uso de clarificantes específicos como VE-GEL (à base de proteínas vegetais e leveduras) ideal para espumantes veganos, e GELSOL, que estabiliza cor e sabor ao modular a presença de proantocianidinas (as moléculas mais frequentemente envolvidas nos processos de oxidação). Por outro lado, a sua conjugação com bentonites (como BENTOGRAN) assegura uma desproteinização ideal para os vinhos espumantes, e juntamente com SPINDASOL BK, tornam as borras de clarificação mais compactas. Por fim, WINEGLASS e POLYGEL W suavizam as notas amarelas dos polifenóis nos vinhos brancos e mantêm a fragrância e o aroma por mais tempo.
O uso de clarificantes específicos tem múltiplas finalidades e são de grande importância para a qualidade do produto acabado:
- a busca de uma perceção inicial na boca franca e limpa;
- uma boa estrutura;
- um final de boca longo e elegante.
GRÁFICO DO ANDAMENTO DA PERCEÇÃO ORGANOLÉTICA DO VINHO
O EQUILÍBRIO GUSTATIVO DO CUVÉE
Um perfeito equilíbrio do cuvée aumenta a elegância em sinergia com o licor de "tirage" após a segunda fermentação. O equilíbrio ocorre entre álcool e glicerol, acidez e doçura e, por fim, polifenóis, taninos e manoproteínas.
Em particular, a sensação ácida deve ser avaliada e corrigida durante todas as fases da vinificação até ao engarrafamento. Isto porque as notas ácidas na boca, nos vinhos espumantes, representam um aspeto complexo e distinto, estando relacionadas com a dosagem dos açúcares no produto final.
1. Fracionamento do mosto,
que permite fazer a gestão do pH, que por sua vez influencia o sabor e a evolução do vinho.
2. Acidificação do mosto e do vinho-base,
fundamental para os tipos de vinho desejados, também em virtude da estabilidade tartárica.
3. Fermentação maloláctica,
que atua na perceção polifenólica dos vinhos na boca e define a sensação gustativa no momento da degustação.
A gama de produtos recomendados nesta página é meramente indicativa.
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